Diferenças geracionais são cada vez mais
determinantes para definir o perfil de imóveis buscados. Plataformas de venda e
locação trabalham para entender e se adaptar a estas tendências
Comprar
ou alugar um imóvel é um momento marcante na vida de qualquer pessoa. Tal decisão envolve cálculos que vão muito além
do custo financeiro em si. Cada cliente pondera inúmeros prós e contras levando
em conta fatores que variam de forma significativa de acordo com o perfil dos
interessados. A geração Z, por exemplo, apresenta uma forma de consumo voltada
para a praticidade e baixo custo.
O
fator geracional é um dos mais determinantes na hora de selecionar os aspectos
específicos relevantes dos imóveis a serem escolhidos, exigências que são mais
comuns aos compradores da nova geração envolvem imóveis mais compactos,
próximos aos locais de trabalho e lazer
e o baixo custo.
De
acordo com o fundador e CEO da Imoveistock, André Silva, há algumas mudanças
cruciais entre a geração Z e a população mais idosa, os baby boomers: “A
principal diferença é em relação ao tipo de transação escolhido entre as
gerações: os mais jovens buscam,
majoritariamente, a locação, enquanto os mais velhos, principalmente a geração
baby boomer, está mais concentrada em comprar. Outra diferença marcante é que a
Geração Z deseja
apartamentos compactos e mais econômicos, com aproximadamente 40% deles buscando opções de até
R$249 mil. Já os mais velhos querem imóveis maiores, com cerca de 50% deles
priorizando a faixa de R$249 a R$600 mil”, explica.
Outro
contexto que tem influência direta nas escolhas é o potencial financeiro dos
compradores e o momento econômico vivido pelo país. Em época de juros altos,
como a que vivemos, mesmo com a tendência de queda apontada por economistas, há
uma busca menor por financiamentos de imóveis. Aqui, a geração Z, acaba
encontrando uma alternativa interessante para se manter ativa no mercado com a
chamada “economia compartilhada”: nela, há um foco maior na troca de bens e serviços entre
indivíduos, um processo baseado em engajamento e colaboração geralmente
potencializado pelo uso da tecnologia a partir de aplicativos ou outros
recursos tecnológicos. Empresas como Uber e Airbnb, por exemplo, suprem necessidades
pontuais de seus usuários, permitindo a eles desfrutar do bem desejado, sem a
necessidade de adquiri-lo. O mercado de imóveis é um dos impactados por esta
tendência e tem se adaptado com a oferta de novas plataformas digitais voltadas
para este público.
A
familiaridade com recursos tecnológicos também impacta as escolhas do
consumidor mais jovem de outras maneiras. Silva, que comanda a plataforma de
locação e venda digital paranaense Imoveistock, detalha como a estratégia de
aproximação deste cliente precisa ser mais específica: “Eles nasceram e
cresceram em plena era digital, com acesso a computadores, celulares e
internet. Trata-se de um público amplamente impactado por todo tipo de mídia
social relacionada aos imóveis, e a tipos de pesquisa inteligentes encontradas
nos portais e plataformas. As ações de marketing voltadas ao mercado
imobiliário são muito focadas em atingir estes clientes, uma vez que são
veiculadas em redes sociais, como o Tik Tok e o Instagram, em que há forte presença deles”, afirma.
O
mercado imobiliário de incorporação e de vendas tem se desdobrado para ofertar
casas e apartamentos adequados às necessidades deste público mais novo que, em
geral, busca não apenas espaços físicos otimizados mas também modalidades de
casas/apartamentos por assinatura, que sejam flexíveis na negociação e que
possam ser usadas por um determinado período de tempo, um processo chamado de
“moradia inteligente”. É um perfil radicalmente diferente do público mais velho
que prioriza produtos imobiliários adequados à sua fase de vida, atendendo
necessidades específicas como bem-estar, saúde e conforto.
Os
lançamentos de empreendimentos imobiliários estão alinhados a estas
características cada vez mais latentes: interessados em cativar os dois
extremos etários e suas peculiaridades, há um crescimento tanto do lançamentos
de prédios inteiros projetados com com plantas compactas, destinados à locação
e à compra de investidores de olho no crescimento do short stay, quanto de
edifícios pensados inteiramente para atender às demandas de segurança,
bem-estar e qualidade de vida típicos de um público mais idoso.
via assessoria
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