A campanha Dezembro Laranja, criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância dos autocuidados na proteção solar e da necessidade de detecção precoce de um possível câncer de pele.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, a cada três anos, surgem cerca de 176.930 casos de câncer de pele somente no Brasil. De acordo com o instituto, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Estudos do Inca apontam que até o fim de 2022 serão registrados 185,6 mil novos casos de câncer de pele.
A médica Renata Duarte, dermatologista do Hospital VITA, explica que o câncer de pele pode ser classificado em: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. O CBC é o mais prevalente dentre todos os tipos, tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce; o CEC é o segundo mais prevalente. Já o melanoma é o menos frequente, porém é o gênero mais agressivo e tem o pior prognóstico. No caso do melanoma, a hereditariedade desempenha papel central no desenvolvimento e familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem ser submetidos a exames preventivos regularmente.
Dados estatísticos do Inca apontam que no período de 2023 a 2025 serão registrados, por ano, nove mil novos casos de câncer de pele do tipo melanoma, que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele), e mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma. De acordo com a instituição, dos casos de melanoma, 4.640 serão em homens e 4.340 em mulheres. Já entre os não melanoma, 101.920 registros devem ocorrer em homens e 118.570 em mulheres. “Devido ao número elevado de projeção, é importante destacar a necessidade de medidas de prevenção como o uso de fotoprotetor, vestuário apropriado como chapéus, bonés, óculos de sol, camisas com proteção ultravioleta e evitar exposição solar entre 10 e 16 horas, lista a dermatologista.
As pessoas com pele clara têm mais sensibilidade aos raios solares e quando são submetidas à exposição solar sem proteção são as mais vulneráveis. A Dra. Renata aponta que os primeiros pontos de atenção consistem na observação de manchas e sinais com mudança de padrão como cor e tamanho e, se apresentam ferimentos que não cicatrizam. “É necessário sempre prestar atenção em manchas e sinais, ao indício das primeiras alterações cutâneas, deve-se investigar por meio de exame clínico e biópsia, pois o diagnóstico precoce amplia a chance de cura”, alerta a especialista do Hospital VITA.
“Vale lembrar que a radiação UVA pouco varia ao longo do dia, é a principal responsável pelo fotoenvelhecimento e pelo câncer da pele. Já a radiação UVB é mais intensa entre o período das 10 às 16 horas, sendo a principal responsável pelas queimaduras solares e pela vermelhidão na pele”, ressalta a Dra. Renata.
O filtro solar deve ser usado diariamente, mesmo em temperaturas baixas ou em
dias nublados, pois as radiações atravessam as nuvens. Bebês, a partir dos seis
meses, e crianças também devem ser protegidos do sol. A médica ressalta ainda
que o protetor solar ideal deve ter amplo espectro, ter boa absorção dos raios
UVA, UVB, não irritar a pele e não manchar a roupa. Ao usar em praia ou
piscina, deve também ser resistente à água. “Além disso, partes do corpo como
mãos, orelhas e pálpebras, não podem ser esquecidas, devem ser protegidas com o
filtro solar” complementa a dermatologista.
Comentários
Postar um comentário